A mudança está nas nossas mãos

Já te questionaste sobre se o que estás a fazer, a nível profissional, é aquilo com que sempre sonhaste? Estás no lugar certo? Arriscaria responder que certamente já o fizeste. E mais… apostaria também que, para muitos que o interrogam, a resposta é não. Quantas pessoas conheces que fazem aquilo que mais amam? Se conheces pessoas assim, dou-te um primeiro conselho… deixa que te inspirem!

A mudança está nas mãos de qualquer um de nós.

Nós somos os decisores das nossas vidas, dos rumos que tomamos. Então se assim é, porque é que grande parte das pessoas não está a fazer aquilo que gosta? Porque é que vives com a frustração de ter uma vida que não é aquela que desejas para ti?

Em vários momentos do nosso percurso, deparamo-nos com escolhas e decisões que temos que tomar. E assim é a vida. As possibilidades são infinitas e não temos uma bola de cristal para prever os resultados daquela opção que tomámos. E é assim mesmo.

Também é verdade que grande parte das vezes optamos pelo caminho mais fácil e que nos parece mais seguro. De certa forma sabemos que seguindo por ali, poucos serão os obstáculos que iremos encontrar. Talvez porque aquele caminho já tenha sido percorrido por muitos outros (que nos disseram que seria seguro), já está alcatroado, sem buracos, sem pedras, sem desvios. E num abrir e fechar de olhos, aqui estás tu. Chegaste a uma encruzilhada onde te deparas com uma multidão com a qual não te consegues conectar. Rostos cinzentos de olhares vazios.

Este é o primeiro confronto que tens. Aqui o teu mundo parece desabar um pouco porque não te sentes parte dele, que é o único que conheces com certeza e onde supostamente deverias sentir-te em casa. Vêm os porquês, os questionamentos sobre aquilo que até então sabias e aprendeste a vida inteira. Afinal, e finalmente, tens um emprego, tens a estabilidade pela qual sempre te ensinaram a lutar para alcançar. Mas será que essa luta era a tua?

De nenhum modo deves desvalorizar o teu percurso e as tuas conquistas, que te trouxeram até aqui e à pessoa que és hoje. Mas se não estás bem onde te encontras neste momento, é hora de te questionares: “Era aqui que eu queria chegar?”

Nota: Esta é a única vida que tens.

Aos poucos chegas a pequenas conclusões. E sim, a primeira estrada foi percorrida, mas não te chega. A viagem foi curta. Precisas de mais, precisas de aventuras, precisas de desafios… porque isso é o que te faz sentir vivo!

Deparas-te com o segundo confronto contigo mesmo e com o teu lugar neste mundo. “Mas então, o que é que eu vou fazer?” Respostas certas, decisões fáceis? Não há. Mas chegaste até aqui, tens o teu mérito! Agora que despertaste para algo que bate mais forte dentro de ti, ninguém te pode parar. Nem tu próprio, e tu sabes disso.

É tempo para refletires, ponderares, pesar na balança que equilibra a tua vida. O que mais valorizas? O conforto, a segurança e a estabilidade do teu atual emprego, mas que não te faz feliz? Ou a tua liberdade, o teu tempo, o teu bem-estar e a tua felicidade?

Não te iludas, as dúvidas vão te surgir a todo o tempo. Faz parte. Não estás sozinho nisto. Quero ajudar-te com algumas reflexões e aspetos importantes que devem ser considerados neste processo de mudança.

Sentir medo faz parte do processo!

É natural, mas lembra-te de uma coisa: o medo pode, de facto, e se permitires, bloquear a tuas maiores competências e os teus sonhos. Ao invés disso, utiliza-o a teu favor. O medo pode ser o impulsionador, aquele que te move para sair de onde estás e seguir para onde desejas ir.

As razões que te levam a querer a mudança podem ser diversas. Podes estar cansado, podes querer encontrar melhores condições numa outra empresa, podes desejar fazer algo diferente, ter o teu próprio negócio ou ter a necessidade de novos desafios. Seja qual for a tua razão, há um elemento comum que impele à mudança: a vontade de te dedicares a algo que consideras útil para a sociedade, dando ao mundo as tuas competências e habilidades, ao mesmo tempo que satisfazes os teus anseios, as tuas necessidades e as necessidades das outras pessoas.

Quais são os passos, então, que deves tomar para abrir as portas à mudança?

1º – Acredita!

Não tenhas a mínima dúvida. Acreditar que és capaz de mudar, que realmente é aquilo que desejas para ti, que vale a pena e que vai correr bem, é o motor de arranque! Quando acreditas estás a enviar ao teu cérebro mensagens positivas e imagens do cenário que desejas para ti.

2º – Procura conhecer-te e procura conhecer.

Podes não saber ainda o que vais fazer, mas começa por trazer ao de cima as tuas paixões, aquilo que sabes fazer, aquilo em que és bom, ou quem sabe exista algum talento ainda por descobrir. Explora as tuas capacidades. Se já sabes o que vais fazer, procura descobrir um pouco mais acerca do cargo que vais ocupar ou da empresa que te está a contratar, como funciona, quais são as principais metas e como podes contribuir para alcançar os objetivos que são pretendidos.

3º – Planeia e dedica-te.

Se já tens alguma ideia do caminho a seguir, é tempo de planear. Sabes que tens um desafio pela frente, então deverás estar munido das ferramentas necessárias para todas as situações que possas vir a enfrentar. Como numa série televisiva, cria os vários cenários possíveis para os episódios que estão para vir. E agora vai com tudo! Entusiasma-te perante a oportunidade que criaste para ti próprio. Vais sentir alguma tensão neste processo, mas se assim não fosse não seria um desafio, não seria uma mudança. Dedica-te a 100%!

4º – Assume a responsabilidade.

És responsável por cada passo que dás em frente. Assume a tua responsabilidade. Quer seja pelas tuas ações e decisões que tomaste, quer para com a nova empresa onde vais querer destacar-te e fazer a diferença. Mesmo que surjam dúvidas, incertezas quanto ao teu novo rumo ou mesmo quanto às tuas capacidades, assume essa responsabilidade! Estás a dar o passo que muitos gostariam de tomar e ainda não o conseguiram fazer. Parabéns!

5º – Sempre a aprender.

Estejas em que patamar das escadas da tua vida estiveres, lembra-te que nunca é muito aquilo que sabes, sobretudo quando se trata de mudar de experiência profissional e lançar-te em novas aventuras. Mantem-te disponível para aprender e humilde para reconheceres que não tens que saber tudo, quer num novo emprego, quer no teu novo negócio que estás a criar. Lê, pesquisa, inscreve-te em cursos ou assiste a eventos e mantém-te sempre informado relativamente à área na qual estás a apostar. O mundo muda a todo o tempo, por isso está atento para acompanhares a evolução e conseguires te adaptar mais rapidamente aos novos desafios e ires ainda mais longe na tua capacidade de inovar.

6º – Tenta sempre e nunca, mas nunca, desistas!

Falhar? Sim, podes colocar essa possibilidade na tua lista, mas não a encares de forma pessimista e negativa. Se falhas, significa que tentaste. E se tentaste e falhaste, significa que aprendeste com essa experiência. Absorve o que esta lição te trouxe e tenta outra vez! Mesmo que não acertes à primeira, o importante é manter o foco e não desistir.

Eu acredito. E tu, acreditas?

Joana Themudo